Olá, visitante!!!
Partilho com vocês um texto excelente, da Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (Portugal).
Santa Brígida nasce como uma cristianização da divindade céltica Brighid (tal como era conhecida no território hoje irlandês), sendo que na antiga Lusitânia e Galécia seria conhecida como Briga ou Brigantia. Este teónimo aponta para uma raiz muito antiga desta palavra que estará relacionada com o conceito de "luz" e "brilho".
Curiosamente, uma das relíquias atribuídas a Santa Brígida encontra-se em Portugal, na Igreja do Lumiar (também este nome está associado à luz). (segue mais abaixo no texto a lenda desta relíquia)
A festa da Candelária - também conhecida no cristianismo como Nossa Senhora das Candeias e Nossa Senhora da Luz, associada à apresentação do Menino Jesus no Templo e à purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o nascimento de Cristo -, que tem lugar a 2 de Fevereiro, coincide temporalmente com a antiga celebração céltica do Imbolc, também ela associada o renascimento da luz, no dealbar da Primavera que dá agora os primeiros sinais de vida.
A noção de um novo nascimento na tradição cristã (com a apresentação do Menino Jesus no templo) baseia-se provavelmente no significado do céltico irlandês "Imbolc", que significa "na barriga" ou "leite de ovelha" - que também nos remetem para o renascimento da vida, em todas as suas formas: vegetal, animal e humana.
No território português a Senhora da Primavera manifesta-se, particularmente, através das Amendoeiras em flor - a primeira das árvores a florir.
Este é um dos muitos ensinamentos do Livro da Natureza, que os antigos povos e as antigas tradições (pagãs e cristãs) souberam ler e interpretar. Este Livro não é pertença de nenhuma tradição em particular, mas com ele todas as tradições e todos os homens podem aprender.
Conhecendo a Natureza e harmonizando-se com os seus Ciclos, o Homem conhece-se e harmoniza-se consigo próprio, pois também ele é parte da Natureza.
Alexandre Gabriel
SANTA BRÍGIDA | A LENDA DA SUA RELÍQUIA EM PORTUGAL
«Conta a lenda que há mais de 650 anos três cavaleiros irlandeses trouxeram para Portugal a cabeça de Santa Brígida e que a ofereceram a D. Dinis, o qual os recebeu com muito agrado e aceitou reconhecidamente o tesouro, decidindo que fosse colocado no Real Mosteiro de Odivelas.
Os mensageiros partiram para Odivelas, mas no caminho, qual não foi o seu espanto e aflição ao ver que a relíquia tinha desaparecido misteriosamente. Pouco depois, contudo, foi encontrada ao pé da igreja do Lumiar e o Prior sugeriu aos cavaleiros que o caso parecia intimação divina, para ali ficar guardada a Santa cabeça. Ele não se atreveram a violar as ordens de El-Rei e seguiram para Odivelas onde entregaram o precioso fardo à Abadessa, que o recebeu com muita satisfação e respeito.
No entanto, na manhã seguinte foi grande a desolação das Irmãs ao verificarem que a relíquia tinha desaparecido sem que se pudesse explicar a maneira por que se fora.
Ainda dessa vez a foram encontrar no Lumiar.
O estranho acontecimento foi contado a D. Dinis que, em vista do duplo prodígio, ordenou que a Relíquia ficasse definitivamente na igreja paroquial do Lumiar.
Há mais de 650 anos que a Cabeça de Santa Brígida ali repousa. Está encerrada num rico relicário de prata com uma das faces em cristal.
Antigamente a confiança nesta Santa era tanta que muitas mães davam o seu nome às suas filhas.»
Texto do folheto informativo da Igreja Paroquial de São João Baptista, Lumiar, em Lisboa
Fotografias e transcrição: José Alexandre Frazão Matos
Post original:
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=732193183466800&set=a.206788279340629.54597.188490404503750&type=1&stream_ref=10
Partilho com vocês um texto excelente, da Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas (Portugal).
Brighid e Santa Brígida | Do Imbolc à Candelária
- Das raízes célticas de uma festividade cristã
Santa Brígida nasce como uma cristianização da divindade céltica Brighid (tal como era conhecida no território hoje irlandês), sendo que na antiga Lusitânia e Galécia seria conhecida como Briga ou Brigantia. Este teónimo aponta para uma raiz muito antiga desta palavra que estará relacionada com o conceito de "luz" e "brilho".
Curiosamente, uma das relíquias atribuídas a Santa Brígida encontra-se em Portugal, na Igreja do Lumiar (também este nome está associado à luz). (segue mais abaixo no texto a lenda desta relíquia)
A festa da Candelária - também conhecida no cristianismo como Nossa Senhora das Candeias e Nossa Senhora da Luz, associada à apresentação do Menino Jesus no Templo e à purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o nascimento de Cristo -, que tem lugar a 2 de Fevereiro, coincide temporalmente com a antiga celebração céltica do Imbolc, também ela associada o renascimento da luz, no dealbar da Primavera que dá agora os primeiros sinais de vida.
A noção de um novo nascimento na tradição cristã (com a apresentação do Menino Jesus no templo) baseia-se provavelmente no significado do céltico irlandês "Imbolc", que significa "na barriga" ou "leite de ovelha" - que também nos remetem para o renascimento da vida, em todas as suas formas: vegetal, animal e humana.
No território português a Senhora da Primavera manifesta-se, particularmente, através das Amendoeiras em flor - a primeira das árvores a florir.
Este é um dos muitos ensinamentos do Livro da Natureza, que os antigos povos e as antigas tradições (pagãs e cristãs) souberam ler e interpretar. Este Livro não é pertença de nenhuma tradição em particular, mas com ele todas as tradições e todos os homens podem aprender.
Conhecendo a Natureza e harmonizando-se com os seus Ciclos, o Homem conhece-se e harmoniza-se consigo próprio, pois também ele é parte da Natureza.
Alexandre Gabriel
SANTA BRÍGIDA | A LENDA DA SUA RELÍQUIA EM PORTUGAL
«Conta a lenda que há mais de 650 anos três cavaleiros irlandeses trouxeram para Portugal a cabeça de Santa Brígida e que a ofereceram a D. Dinis, o qual os recebeu com muito agrado e aceitou reconhecidamente o tesouro, decidindo que fosse colocado no Real Mosteiro de Odivelas.
Os mensageiros partiram para Odivelas, mas no caminho, qual não foi o seu espanto e aflição ao ver que a relíquia tinha desaparecido misteriosamente. Pouco depois, contudo, foi encontrada ao pé da igreja do Lumiar e o Prior sugeriu aos cavaleiros que o caso parecia intimação divina, para ali ficar guardada a Santa cabeça. Ele não se atreveram a violar as ordens de El-Rei e seguiram para Odivelas onde entregaram o precioso fardo à Abadessa, que o recebeu com muita satisfação e respeito.
No entanto, na manhã seguinte foi grande a desolação das Irmãs ao verificarem que a relíquia tinha desaparecido sem que se pudesse explicar a maneira por que se fora.
Ainda dessa vez a foram encontrar no Lumiar.
O estranho acontecimento foi contado a D. Dinis que, em vista do duplo prodígio, ordenou que a Relíquia ficasse definitivamente na igreja paroquial do Lumiar.
Há mais de 650 anos que a Cabeça de Santa Brígida ali repousa. Está encerrada num rico relicário de prata com uma das faces em cristal.
Antigamente a confiança nesta Santa era tanta que muitas mães davam o seu nome às suas filhas.»
Texto do folheto informativo da Igreja Paroquial de São João Baptista, Lumiar, em Lisboa
Fotografias e transcrição: José Alexandre Frazão Matos
Post original:
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Todo "divino" se entrelaça e as histórias contadas e recontadas pelos homens tem suas origens na Mãe Natureza que por sua vez, desvenda o Universo passo a passo, século a século... No final, somos todos um só...
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